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História do Município
AGDA
Quarta-feira, 20 de Julho de 2016
Em 1935, Atanásio Pires¹, morador de Barro Preto (cidade de Coronel Vivida), veio do Estado de Santa Catarina com a intenção de cultivar frutas cítricas, em especial laranjas. Passou então a procurar um local apto para o desenvolvimento desta cultura. Partindo de Vista Alegre pelo Rio Chopim, numa canoa, após dias de viagem, chegou numa região de saltos e cachoeiras, onde parou e aportou. Construiu um casebre e voltou para Barro Preto buscar a família, considerando o local ideal para o plantio das frutas, sendo ainda conhecido por muitos como o Laranjal do Pires.

Para o sustento da família, o morador utilizava-se do que a natureza oferecia em abundancia no local, uma região coberta de mata nativa: a caça e a pesca eram fatores significativos na alimentação da família. Com isso ia conhecendo o território a e ele atribuindo suas nomeações, algumas históricas.

Na primeira “descoberta”, Atanásio Pires percebeu a existência de um rio, este bem próximo àquele por onde veio à esta região, denominou-os de Dois Vizinhos. O morador passou a tirar couro dos animais e a vender em Vila Nova (cidade de Pato Branco), utilizando-se para isso do transporte fluvial. No local da venda identificava-se como morador de Dois Vizinhos, já que a abundância de couro despertava a atenção dos compradores, fato esse que atraiu caçadores e fez com que chamassem o local de Dois Vizinhos.

O nome Rio Canoas que estabelece a divisa dos municípios de Cruzeiro do Iguaçu e Boa Esperança do Iguaçu é fruto do encontro de uma árvore Timbaúva - barra do rio, da qual o primeiro morador construiu uma canoa de 12 metros de comprimento e um metro de largura, na parte que compunha o revezo da galhada, fez a proa e na parte de revezo das raízes, fez o bico, de modo que a canoa ficou resistente impedindo as rachaduras tanto na ponta quanto no leme, daí o nome do rio.

Durante uma caçada, em um só dia foram mortas 12 antas as quais, depois de mortas, foram jogadas na água. Desse episódio, surgiu o nome Rio Doze Antas, afluente do Rio Canoas.

Numa época de muita chuva, Atanásio Pires acompanhado por seus filhos, Joaquim, Ricardo e Antônio, seguiram pela costa dos Rios Chopim, Iguaçu e Canoas até a barra do atual Rio Cruzeiro do Iguaçu. Naquele local permaneceram por vários dias, não se sabe exatamente quantos, sem pegar caça alguma. A fome que já era insuportável fez com que os seus filhos propusessem matar um dos cachorros. Atanásio concordou solicitando que fosse morto o mais gordo e ruim. Como nunca bebia, tomou alguns goles de cachaça canforada e dormiu enquanto o alimento era preparado pelos filhos.

Os filhos alimentados, saíram do local e logo avistaram um veado pardo. Nessa passagem, Atanásio disse aos filhos: - “A partir de hoje matamos somente a caça que podemos comer”, considerando aquele episódio um castigo pela morte das 12 antas lançadas ao rio. Em razão desse acontecimento nomeou o rio de Miserável e mais tarde, com a chegada de outros moradores, chamou-se “Povoado Miserável”.

Atanásio se apossou de um território de cerca de 8.060 hectares de terra compreendidos entre a barra do Rio Chopim, descendo à barra do Rio Canoas e subindo até o Rio Miserável (Cruzeiro do Iguaçu). Seu “império” perfazia mais de 50% do território de Cruzeiro do Iguaçu.

Decorridos quatro a cinco anos, chegou o segundo morador, Felipe Gaudinski, que fugiu do Rio Grande do Sul após envolver-se numa briga. Refugiado na mata, sem saber para onde ir, escondeu-se no alambique de um caminhão carregado de mudança e sem ser visto, chegou ao Paraná. Seguindo a mata adentro se encontrou com Atanásio do qual comprou um pedaço de terra.

O terceiro morador foi Turtuliano Dias, conhecido por João Padilha. Este colocou a primeira balsa, cujo objetivo era efetuar a travessia de cavalos roubados trazidos do Estado de Santa Catarina por dois elementos conhecidos como Gregório e Bernardo Caroço e vendidos na Colônia de Campo Novo (Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul). Em pouco tempo, a policia de Clevelândia tomou as devidas providências afundando a balsa.

Com a chegada de outros moradores que adquiriam um pedaço de chão, como as famílias Miranda (1955), Vieira e a de Ricardo Ferreira, primeira pessoa a chegar nas terras que pertencem ao perímetro urbano de Cruzeiro do Iguaçu. Foram abertas picadas e dividiram-se áreas de terras em sítios, que por sua vez foram vendidos pelos pioneiros que aos poucos chegavam ao local. Com a divisão das terras, logo o Povoado Miserável passou a chamar-se Divisor.

Um fluxo maior de migrantes ocorreu no ano de 1957. Nessa época, o Divisor (Colônia das Missões) pertencia ao município de Marrecas hoje Francisco Beltrão. No momento em que foi aberta a primeira estrada de acesso ao local, onde existia o cruzamento de duas picadas (estradinhas) que davam acesso ao Rio Iguaçu, um chefe de Viação e Obras, denominado Roberto Grando, nomeou o local como Cruzeiro do Iguaçu.

Em 28 de Novembro de 1960 pela Lei nº 4.245, Dois Vizinhos foi emancipado, passando Cruzeiro do Iguaçu à categoria de Distrito em 9 de Abril de 1965 e pela Lei Estadual nº 5.635 de 13 de Setembro de 1967.

A área urbana foi definida em 1972, sendo que as primeiras casas construídas na Rua “H” (Avenida Treze de Maio), iniciaram o primeiro núcleo urbano. A ocupação foi ocorrendo linearmente entre a Rua “O” (Rua Atanásio Pires) e Rua “T” (Rua Deputado Arnaldo Busato e Avenida Treze de Maio).

Em 1976 foi asfaltada a estrada que liga Dois Vizinhos a Quedas do Iguaçu, o que motivou a segunda ocupação, entre as ruas Deputado Arnaldo Busato e Constantino Mezzomo e a Avenida Treze de Maio e a Rua Nossa Senhora da Saúde.

Pela Lei Estadual nº 9.232 de 26 de Abril de 1990, Cruzeiro do Iguaçu foi elevado à categoria de município. Em 1º de setembro de 1991 realizou-se o plebiscito de desmembramento, havendo 1.572 votos favoráveis, 188 contra, 17 nulos e 14 brancos. A fundação deu-se em 1º de Janeiro de 1993.

O dia 3 de Outubro de 1992, foi eleito Luiz Alberi Kastener Pontes como primeiro Prefeito, tendo como vice-prefeito, Paulo Sérgio Ribas Santiago. Nesta época, os vereadores eleitos foram: Agustinho Vitto, Alcides Vacca, Antoninho Zucco Pitro Belli, Dalmir João Turmina, José Nilton de Souza, Moacir Vicente Teixeira, Neudir Antônio Giachini, Nivio Brezezinski e Reni Kovalski. Com a saída do vereador Neudir Giachini assumindo a Secretaria Municipal da Agricultura, tomou posse em seu lugar Marcos Geraldo Witeck. Nesse período dirigiram a Presidência da Câmara Municipal de Vereadores na primeira gestão os vereadores: Dalmir João Túrmina (1993-1994), José Nilton de Souza (1995) e Alcides Vacca (1996).

Na eleição de Outubro de 1996 foi eleito para prefeito, Paulo Sérgio Ribas Santiago e Paulo Ernesto Cappellesso como vice-prefeito. A Câmara de Vereadores ficou assim constituída: Aquilino Macagnan, Nivio Brezezinski, José Nilton de Souza, Dalmir João Túrmina, Gilson Bertoncello, Antonio de Jesus de Oliveira, Ivani Ceroni e Atílio Zaffari.

Na eleição de Outubro de 2000, o prefeito Paulo Sérgio Ribas Santiago foi reeleito para um novo mandato em conjunto com Luiz Antonio Dal Prá, ficando a Câmara de Vereadores assim constituída: Lurdes Bertoldo, Ari de Oliveira Guedes, Atílio Zaffari, Dalmir João Túrmina, Gentil Bertoldo, Nívio Brezezinski, José França, Jose Nilton de Souza e Nilza Cardoso Vieira.

Na eleição de 2004, Dilmar Túrmina foi eleito com cem por cento dos votos válidos, tendo como vice-prefeito Luiz Alberi Kastener Pontes. O Poder Legislativo ficou assim composto: Lurdes Bertoldo, Gilson Bertoncello, Eloir Pinto Paz, Luis Carlos Fretta, Jairo Ribeiro dos Santos, Reni Kovalski, José França, Ari de Oliveira Guedes e Valdir Reffatti.

Na eleição de Outubro de 2008, o prefeito Dilmar Túrmina foi reeleito para um novo mandato em conjunto com Luiz Alberi Kastener Pontes, ficando a Câmara de Vereadores assim constituída: Adilson Zaffari, Atílio Zaffari, Jairo Ribeiro dos Santos, Jovânia Aparecida Piva, Lídio Bertoldo, Luiz Carlos Fretta, Lurdes Bertoldo, Reni Kovalski e Sadi Francisquini.

Na última eleição em Outubro de 2012, foi eleito como Prefeito Luiz Alberi Kastener Pontes, juntamente com o Vice-prefeito Reni Kovalski. A Câmara Municipal de Vereadores ficou assim constituída: Ari de Oliveira Guedes, Elton dos Santos Major, Flávio dos Santos, Idemar Grassi, Lurdes Bertoldo, José Bertoldo, José França, Jovânia Aparecida Piva e Silvio Antonio Viganó. Para um mandato de dois anos foi eleita a vereadora Lurdes Bertoldo como Presidente da Câmara Municipal de Vereadores.

¹ Consta nos registros de Dois Vizinhos e Cruzeiro do Iguaçu, que o primeiro morador chegou a Foz do Chopim em 1928, acontecimento este não verídico. Em 1928, o Senhor “Melami”, sogro de seu Atanásio Pires, localizou a Barra do Rio Santana em Barro Preto, hoje a cidade de Coronel Vivida, em cujo local o Senhor Atanásio Chegou no ano de 1935.

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08/07/2024 - Moção de Aplauso 001/2024 -
É imperioso deixar claro “Que todo trabalhador que cumpre com suas funções de forma responsável e que se desdobra para atender aos serviços colocados sobre sua alçada, tem como maior recompensa, o reconhecimento e a gratidão daqueles a quem beneficiou. ” Importante salientar a extrema responsabilidade que todo servidor público, visto que passa por vários governos e os servidores permanecem, ficando assim um compromisso ainda maior com toda população. Sendo assim, a presente homenagem é fruto do reconhecimento em valorizar todo empenho, brilhantismo, dedicação, competência e esmero de todos estes, não medindo esforços em fazerem o seu melhor, mesmo ao meio de tantas turbulências, com o objetivo de atender as necessidades de toda população cruzeirense, sem distinção de toda e qualquer situação. Agradecemos imensamente a inestimável contribuição que vocês deram ao serviço público. Sua dedicação e compromisso inspiram e continuarão a inspirar as novas gerações de servidores. Alguns aqui citados já não estão mais presentes em vida, mas com certeza suas lembranças de brilhantismo e prontidão serão eternamente lembradas por todos nós. De antemão, gostaríamos de entregar a família essa singela homenagem ao seu ente querido. Desta forma, tomamos a liberdade em citar os funcionários a que está Moção se destina, sendo eles:                                                  Albina Felichak Kovalski, Olandina Cavichion Ramos , Adelar João Fantin, Inês Dos Santos Birck, Olimpio Mascarello Brunetto, Anilda Schmitz Tosetto, Francisco Da Silva Carneiro, Mario Emilio Pickler, Marilsa Ribeiro Magrini, Fermino Manoel Da Luz, Luiz Maria Da Silva, Geni Filipiak, Marilene Da Silva, Malgarida Da Silva Pickler, Vilson Malagutti, Dorilde Bonamigo, Iracy Bertoldo Mezzomo, Liria Da Silva, Vanilda Locatelli, Lauro Shellemer Dos Santos, Gonçalino Soares, Jorge Luz Dos Reis, Estanislau Zuck, Rosangela Pickler, Vanilde Francisca Kreff , Terezinha Moreira Soares Francescon, João Lerias, Sergio De Azeredo, Vera Maria Da Costa Da Silva, Adão Bueno, Lauro Loose, Valdete Terezinha De Oliveira, Sandra Ghedin Turmina, Marilete Beckhauser Rossetto, Dirce Terezinha Moreno De Azeredo, Terezinha Salete Mori, Sadi Francischini, Jovânia Aparecida Piva, Claudinor Gonçalves Da Silva, Antoninho Gomes Apolinário, Idair Macagnan, Ivone Lewandoski Cavalli, Valdir Fellipi, Marilene Ghedin Cappellesso, Diane Terezinha Turmina, Juvenil Zancanaro, Celso Braz Bortoncello, Milton Vieira, Antônio Rodrigues, Neuza Felissetti Guyss, Romilda Pickler, Sonia Ghedin Turmina, Ilonir De Moraes Oliveira, Adilson Zaffari, Lucimar Delva Bertoldo, Rosecler Hamera, Elizabete Scotini, Jose Renato Moreira Da Silva, Luiz Carlos Fretta, Lurdes Scotini, Odini Castilhos, Marionice Salete Stolarski de Andrade, Silvana Gaidzinski Manica e Rosane Zanin. Agraciamos por todo empenho e dedicação no profícuo desempenho de suas funções, sempre prontos para atender as demandas em nosso município.Assim como representantes do povo Cruzeirense, expressamos o anseio e o compromisso de agraciar a todos, com esta Moção de Aplausos e Congratulações, destacando a magnitude dos esforços realizados para honrar o compromisso assumido com nossa população.
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Atualizado Terça-feira, 29 de Abril de 2025 às 13:42:42